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Miguel Bonneville estreou novo trabalho na reta final do 16.º Festival Circular de Vila do Conde

1 Outubro 2020
Miguel Bonneville estreou novo trabalho na reta final do 16.º Festival Circular de Vila do Conde
Cultura
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A 16.ª edição do Circular – Festival de Artes Performativas de Vila do Conde – apresentou no passado fim de semana os derradeiros espetáculos, com destaque para a estreia nacional do mais recente trabalho de Miguel Bonneville.
Numa coprodução com a música Clothilde, o criador levou ao palco do auditório municipal vilacondense, “A Importância de Ser Alan Turing”, uma performance inspirada no trabalho do matemático britânico, precursor da computação e inteligência artificial, que ficou sobretudo conhecido por ter liderado a equipa que descodificou as mensagens alemãs durante a II Guerra Mundial.
O espetáculo questionou a construção e reconstrução da(s) identidade(s) e as fronteiras entre desejo e ciência, levando o espectador a entrar num mundo imersivo de sons e luzes.
O criador partilhou que este trabalho “começou a ser construído há dois anos, numa primeira fase num processo solitário de escrita, pesquisa e partilha de materiais”, mas que começou a ganhar forma no último mês, impulsionado por uma residência artística em Faro, no festival Verão Azul, onde foi aprimorada a parte sonora e de interpretação.
Além da estreia do espetáculo “A Importância de Ser Alan Turing”, também na passada sexta feira, o Festival Circular apresentou no Teatro Municipal de Vila do Conde o concerto “Gestos Invisíveis”, que constituiu uma colaboração entre os músicos Miquel Bernat, João Dias e Gustavo Costa, também em estreia absoluta.
No sábado, Noviga Projekto, um duo composto pela flautista vilacondense Clara Saleiro e pelo percussionista espanhol Manuel Alcaraz Clemente, estrearam “Diferença – Repetição – Transformação”, apresentando três peças de compositores contemporâneos interligados por improvisações.
Também nesse dia, no Auditório Municipal de Vila do Conde, Filipe Pereira apresentou a sua mais recente criação, “Arranjo Floral”, uma conferência-performance autobiográfica que percorreu questões como religião, sexualidade, a arte das flores ou a arte da dança.
No encerramento do Festival Circular, surgiu mais uma estreia nacional, com o trabalho “Época”, de Volmir Cordeiro e Marcela Santander, no Teatro Municipal de Vila do Conde, onde os coreógrafos revisitaram a audácia coreográfica de algumas mulheres do século XX.