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Lucro da Estoril-Sol que detém Casino da Póvoa de Varzim cai 98% no 1.º semestre de 2020

2 Outubro 2020
Lucro da Estoril-Sol que detém Casino da Póvoa de Varzim cai 98% no 1.º semestre de 2020
Economia
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A Estoril-Sol, que detém a concessão dos casinos da Póvoa de Varzim, Estoril e Lisboa, registou 200 mil euros de lucro no primeiro semestre, uma queda de 98% em comparação com igual período do ano passado.
“A 30 de junho de 2020, o grupo apresentou resultados consolidados positivos no montante de 0,2 milhões de euros, uma queda de 98% face a idêntico período do ano anterior”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Nos primeiros seis meses do ano, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 50%, em comparação com o primeiro semestre de 2019, para 9,5 milhões de euros.
O grupo investiu, entre janeiro e junho, 600 mil euros, acima dos 400 mil de 2019, sobretudo, em “equipamento de segurança informática” para adequar os casinos “à nova realidade de utilização dos espaços por clientes e colaboradores, em concordância com os planos de contingência”.
Por sua vez, o endividamento bancário atingiu os 4,7 milhões de euros, sendo que em 2019 era nulo, impactado pelo encerramento dos casinos físicos durante uma “parte significativa” do primeiro semestre.
Já as receitas brutas combinadas de jogo, territorial e online, ascenderam a 66,2 milhões de euros, uma descida de 40% face ao primeiro semestre de 2019.
Deduzidas de imposto especial de jogo, estas receitas representaram, no primeiro semestre, 37,3 milhões de euros, um retrocesso de 29,9% em comparação com o período homólogo.
“A evolução das receitas de jogo foi significativamente afetada pelos efeitos causados pela pandemia Covid-19, tendo esses efeitos originado comportamentos distintos quanto à evolução das receitas de jogo, consoante se trate de jogo de base territorial ou de base online”, apontou a Estoril-Sol.
De acordo com o Estoril-Sol, o encerramento dos casinos físicos entre 18 de março e 7 de junho foi responsável pela queda de 52% das receitas de jogo físico.
No entanto, as medidas de confinamento beneficiaram o comércio e a prestação de serviços online, tendo as receitas de jogo online do grupo avançado, neste período, 19%, o que “não foi suficiente” para compensar as perdas no negócio de base territorial.
No período de análise, as demais receitas operacionais também foram afetadas pelas medidas de confinamento e pelo consequente encerramento dos espaços de restauração, eventos e entretenimento, o que se traduziu em perdas de 2,5 milhões de euros, ou seja, uma queda de 54% face a idêntico período do ano anterior.
O grupo lembrou ainda que devido à pandemia os casinos registaram uma “acentuadíssima quebra de atividade, que sem a existência de medidas de apoio por parte do Governo, porá seguramente em causa a sobrevivência do negócio”.
Assim, a Estoril-Sol alertou para a necessidade de revisão das condições de exploração das concessões atuais, nomeadamente, “no que concerne à existência da contrapartida mínima, cujos valores assentes em projeções de receitas futuras feitas com um mínimo de seriedade atingem uma expressão de tal forma astronómica que nenhuma concessionária estará em condições de as suportar”.
O grupo Estoril-Sol detém a concessão dos casinos da Póvoa de Varzim, Estoril e Lisboa.