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Empresa japonesa lança lâmpada UV inócua para humanos que inativa 99% do novo coronavírus

23 Setembro 2020
Empresa japonesa lança lâmpada UV inócua para humanos que inativa 99% do novo coronavírus
Tecnologia
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Uma empresa japonesa desenvolveu uma lâmpada de radiação ultravioleta que inativa o novo coronavírus, recorrendo a um comprimento de onda que um estudo científico diz ser inócuo para os seres humanos.
A lâmpada Care 222 foi desenvolvida pelo fabricante de equipamento de iluminação Ushio em colaboração com a Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, para potencial uso na desinfeção de espaços com grande afluência e elevado risco de contágio, como transportes públicos ou escritórios.
As lâmpadas de luz ultravioleta são utilizadas há muito como meio de esterilização, especialmente nas indústrias médicas e de processamento alimentar, mas os raios ultravioleta convencionalmente usados causam cancro de pele e problemas oculares, pelo que não podem ser utilizados em espaços com pessoas.
A nova lâmpada emite raios ultravioleta com um comprimento de onda de 222 nanómetros, em vez dos convencionais 254, o que a torna benigna para os seres humanos, afirma a empresa nipónica.
Segundo a Ushio, nesse comprimento de onda, os raios ultravioletas não podem penetrar na superfície da pele ou dos olhos para causar danos genéticos que provocam cancro e outras doenças.
Um estudo da Universidade de Hiroshima, publicado este mês no American Journal of Infection Control, confirmou que o tipo de raios ultravioletas utilizados na nova lâmpada são eficazes contra o novo coronavírus.
Segundo a Ushio, quando emite luz a partir do teto, a lâmpada Care 222 inativa 99% dos vírus e bactérias no ar e em superfícies até três metros quadrados num raio de 2,5 metros.
Atualmente, a empresa apenas aceita encomendas de instituições médicas, mas planeia expandir a produção e alargá-la a outros setores.
A Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, SARS-CoV-2, já provocou pelo menos 976.021 mortes e mais de 31,8 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios de todo o mundo, mas pelo menos 23.420.746 doentes estão considerados curados pelas autoridades de saúde mundiais.