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DGS pede às empresas que tenham uma “atitude pedagógica” na prevenção da Covid-19

8 Junho 2020
DGS pede às empresas que tenham uma “atitude pedagógica” na prevenção da Covid-19
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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, apelou ontem às entidades patronais para que tenham uma “atitude pedagógica” e expliquem as medidas de segurança aos trabalhadores, incluindo os temporários, para reduzir o risco de infeção do novo coronavírus.
“Muitas vezes os trabalhadores não têm uma perceção de risco como deviam. Não conhecem o plano de contingência e, portanto, compete também ao empregador ter essa atitude pedagógica, explicar o porquê das medidas”, frisou ontem Graça Freitas, durante a conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.
A diretora-geral da Saúde pediu às empresas que dêem formação aos trabalhadores, nomeadamente a quem se encontra a fazer trabalho temporário, dando o exemplo de pessoas que andam na colheita da fruta.
“Eu diria mesmo que deve haver alguma supervisão por parte da entidade patronal, para ver se estão a cumprir medidas de distanciamento, de higiene, de não partilha de objetos”, defendeu Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde sublinhou a importância de as pessoas estarem devidamente informadas.
Graça Freitas alertou ainda para a fiabilidade dos testes de rastreio, recordando que nem todos têm as mesmas características e é necessário cuidado na sua utilização, para não ser criada uma “falta sensação de segurança”.
A medição da temperatura é vista pela responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS) como “mais um instrumento que pode ser útil, tal como automonitorização dos sintomas” e entende ser benéfico fazer essa medição antes de as pessoas irem trabalhar ou para a escola.
Adotando “um conjunto de medidas”, salienta Graça Freitas, reduz-se o risco de transmissão.
Portugal regista hoje 1.485 mortes relacionadas com a Covid-19, mais seis do que no domingo, 34.885 infetados, mais 192 do que ontem, e contabiliza 21.156 recuperados, mais 161 do que no dia anterior.
A Covid-19 já provocou mais de 402 mil mortes e infetou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios de todo o mundo, mas cerca de três milhões de doentes foram considerados curados pelas autoridades sanitárias.