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S&P revê em baixa ‘rating’ de crédito da TAP

21 Maio 2020
S&P revê em baixa ‘rating’ de crédito da TAP
Economia
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A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) reviu em baixa o ‘rating’ de crédito de emitente atribuído à TAP e o das obrigações ‘senior unsecured’, no montante de 375 milhões de euros, de “B” para “B-“.
“A Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (‘TAP’) informa que, a agência de notação financeira S&P Global Ratings Europe Limited (‘Standard & Poor’s’) anunciou hoje a sua decisão de rever em baixa o ‘rating’ de crédito de emitente de longo prazo atribuído à TAP, de B (‘CreditWatch’ negativo) para B- (‘CreditWatch’ negativo)”, lê-se no comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Standard & Poor’s (S&P) decidiu baixar a avaliação atribuída às obrigações ‘senior unsecured’ no montante de 375 milhões de euros, com maturidade em 2024, também de “B” para “B-“.
Na informação remetida ao mercado, a transportadora portuguesa justificou esta revisão com a quebra de atividade registada no setor, “maior do que inicialmente antecipada”, devido à pandemia de Covid-19.
O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que a dívida financeira líquida da TAP é de mil milhões de euros, mas juntando os contratos de ‘leasing’ de aviões o valor ascende a 2,3 mil milhões de euros.
“Estamos a falar de uma dívida brutal”, considerou o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, depois de avançar aqueles números quase no final de uma audição parlamentar que durou cerca de cinco horas.
“Precisamos, no momento zero, de fazer uma intervenção de emergência que garanta a liquidez da empresa”, acrescentou o governante.
De acordo com Pedro Nuno Santos, uma “intervenção de emergência” na TAP não pode esperar muito mais e só depois se fará um plano estratégico, de restruturação e de negócios.
“Nós não conseguimos fazer um plano estratégico em 15 dias, isso não existe”, disse o ministro aos deputados da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República.
Questionado sobre o reembolso do valor dos bilhetes para voos cancelados no contexto da pandemia de Covid-19 em ‘vouchers’ (vales para usar em viagens futuras), o governante referiu que esse é um dossiê que ainda não está fechado e que o Governo percebe as exigências do ponto de vista dos consumidores.