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Morreu na Póvoa de Varzim o primeiro presidente da Câmara de Santo Tirso após o 25 de Abril

27 Abril 2020
Morreu na Póvoa de Varzim o primeiro presidente da Câmara de Santo Tirso após o 25 de Abril
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O primeiro presidente da Câmara de Santo Tirso após o 25 de Abril, Azuil Dinis, morreu hoje, aos 75 anos, vítima de doença prolongada, na Póvoa de Varzim, informou a família do antigo autarca do Partido Socialista.
Formado em Direito e em Teologia, Azuil Dinis foi também, durante mais de 30 anos, presidente dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, detendo atualmente o cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral daquela Associação Humanitária.
Azuil Dinis liderou a autarquia tirsense entre 1977 e 1980, tendo antes “integrado a comissão administrativa que preparou o primeiro ato eleitoral que decorreu em democracia”, disse fonte familiar.
Na década de 1980 passou a vereador, depois do PS ter sido derrotado pela Aliança Democrática no concelho e, a meio dessa década, tornou-se o presidente da Assembleia Municipal daquela autarquia.
Um “homem de causas”, como o descreveu o atual presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, numa publicação na sua página na rede social Facebook, que desenvolveu “uma intensa atividade social” que “foi para além da presidência dos bombeiros”.
“Teve também uma importante ligação à comissão fabriqueira ligada à Igreja”, disse o autarca que fez questão de marcar presença na cerimónia que decorreu à tarde do quartel dos bombeiros que ajudou a erguer e que, em cerimónia pública, se despediu do seu antigo dirigente.
Do político, Alberto Costa destacou, de Azuil Dinis, “a responsabilidade assumida nos primeiros passos da governação de uma Câmara em democracia, sendo a cara desse novo projeto”.
Azuil Dinis foi também sócio fundador da Associação de Solidariedade e Ação Social (ASAS) de Santo Tirso e esteve também ligado à Santa Casa da Misericórdia local.
Na sua página oficial na rede social Facebook, os Bombeiros de Santo Tirso também se despediram, agradecendo-lhe as mais de três décadas que dedicou à corporação.
“A nossa casa é feita de pessoas, de imensas histórias, de cumprimento de objetivos, de crescimento contínuo. Estamos profundamente agradecidos por tudo o que acrescentou e lutou dentro desta associação”, lê-se na publicação.
O funeral é na terça feira, pelas 15 horas, na igreja de Campanhã, no Porto, onde estará em câmara ardente a partir do final desta tarde.