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Câmara Municipal da Póvoa de Varzim fecha Relatório e Contas de 2019 com saldo positivo

24 Abril 2020
Câmara Municipal da Póvoa de Varzim fecha Relatório e Contas de 2019 com saldo positivo
Política
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O Relatório e Contas da Câmara Municipal da Póvoa e Varzim, relativo a 2019, foi aprovado por unanimidade, registando um saldo positivo de 400 mil euros, revelou o presidente da autarquia poveira.
O documento, que tinha como base um orçamento de 64,7 milhões de euros, foi ratificado pela maioria do PSD e assim como pelos vereadores do PS, a única força da oposição no executivo da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
“Demonstra a boa saúde financeira do município e a sua capacidade de execução, com um resultado positivo de 400 mil euros. Continua a contemplar, na política fiscal, diversas isenções aos munícipes, que se traduzem em mais de seis milhões de euros de verbas que não foram cobradas para ajudar as pessoas que residem, trabalham ou investem na Póvoa de Varzim”, disse o presidente da autarquia poveira, Aires Pereira.
Aires Pereira revelou, ainda, que a taxa execução do orçamento se fixou nos 85%, num número influenciado pelas dificuldades em algumas obras que o município tinha em curso, mas das quais teve de tomar posse administrativa, uma vez que os empreiteiros não tiveram capacidade para as concluir.
Os vereadores do PS, apesar de serem a força da oposição, votaram favoravelmente a este Relatório e Contas, reconhecendo que as contas do município “estão equilibradas”, embora alertando para as dificuldades da gestão orçamental neste ano de 2020.
“Devido a esta pandemia, vai ser preciso ter muito cuidado com as contas. Grande parte do aumento de receitas veio do IMT [Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis], mas já percebemos que o mercado imobiliário terá uma grande quebra. Além disso, houve um aumento da despesa de 13%, que terá de ser contido, porque as receitas serão certamente menores”, disse José Milhazes, vereador socialista.
Aires Pereira já deu conta dessa quebra, revelando, por exemplo, que “no mês de março as receitas com o IMT foram praticamente nulas”.
“Estamos a ter um aumento de despesa em rubricas que não estavam previstas e uma redução muito significativa nas receitas do município. Tudo isto vai ter impacto. Temos de ser muito racionais nas atividades e nos investimentos. Neste momento, o que importa é saúde das pessoas, mas não podemos ter ilusões. Esta situação vai durar todo o ano e iremos estar muito condicionados”, partilhou o autarca.
Aires Pereira abordou, também, a quebra de receitas na empresa municipal Varzim Lazer, que gere os equipamentos desportivos no concelho, nomeadamente as piscinas locais, antecipando uma intervenção da autarquia para pagar os vencimentos dos trabalhadores no segundo semestre do ano.
“A empresa tem 44 funcionários, e neste momento nenhuma receita. A situação financeira está controlada até junho, mas a partir daí terá de ser o município a assegurar os salários e as despesas mínimas. Contamos que só em setembro possa haver alguma normalidade atividade”, antecipou o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.