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Pescadores do Norte garantem peixe fresco para os consumidores mas pedem apoio ao Governo

18 Março 2020
Pescadores do Norte garantem peixe fresco para os consumidores mas pedem apoio ao Governo
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Os pescadores do Norte do país asseguraram que “está garantido peixe fresco para os consumidores portugueses”, mas pediram apoio ao Governo para reduzirem até 30% a permanência da frota no mar.
“Temos capacidade para garantir peixe fresco para as necessidades do país, mas temos sentido uma quebra na procura com fecho de muitos mercados e restaurantes e com as limitações de acesso aos hipermercados. Não vale a pena estarem todos os barcos no mar se depois não venderem o que pescaram”, disse José Festas, presidente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM).
Nesse sentido, o dirigente vai endereçar ao Governo uma proposta para “restringir, temporariamente, entre 20 a 30% a permanência dos barcos em atividade”, mas pedindo para os que ficam em terra tenham “uma linha de crédito ou um subsídio para que ou pescadores possam continuar sobreviver”.
“Se todos forem para o mar, não vão conseguir rentabilizar o que pescam, porque a procura é menor. Mas se reduzirmos a atividade dos barcos e aplicarmos medidas de rotatividade entre a frota, vamos ter mais equilíbrio. Para os que não vão trabalhar através dessa medida, o Governo terá de apoiar pela redução de atividade”, disse o líder da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM).
José Festas lembrou que parte do peixe capturado pelos barcos nacionais se destina a Espanha, “onde também se sentiu uma redução da procura”, vincando que “este é um setor que lida sobretudo com produtos frescos que são vendidos em quantidades limitadas”.
O presidente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM) garantiu, ainda, que foram dadas recomendações aos pescadores para minimizarem o perigo de contágio de coronavírus (Covid-19), vincando que o facto das tripulações da maior parte das embarcações não exceder os 10 homens minimiza os riscos de propagação.
“Temos recomendando que lavem as mãos várias vezes, que limpem os barcos, e que quando saem de trabalhar evitem estar em grandes grupos e permaneçam em casa. É importante que todos estejam com saúde para estar no ativo”, disse José Festas.
O dirigente partilhou que as medidas de segurança e higiene nas lotas geridas pela Docapesca, nomeadamente a redução de tripulantes na entrega de peixe, “estão a funcionar bem e não têm causado transtorno à atividade”.