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Papa Francisco diz que “uma empresa que despede para se salvar, não é a solução”

24 Março 2020
Papa Francisco diz que “uma empresa que despede para se salvar, não é a solução”
Economia
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O despedimento de trabalhadores “não é a solução” para salvar as empresas das dificuldades causadas a nível mundial pela pandemia do novo coronavírus, advertiu o Papa Francisco em entrevista à televisão espanhola La Sexta.
“Uma empresa que despede para se salvar, não é a solução”, realçou o pontífice, dizendo que não consegue imaginar as dificuldades pelas quais vão passar os empresários, devido à paralisação da atividade comercial provocada pela propagação à escala global do novo coronavírus.
Porém, o Papa disse que sabe “as dificuldades que vão passar o empregado, o operário, a empregada ou a operária” que forem despedidos devido à esperada acentuada quebra da atividade económica em todo o mundo.
O Papa Francisco, que falava por videoconferência, vincou que “mais do que despedir, há que acolher e fazer sentir que há uma sociedade solidária”.
Durante a entrevista, o líder da Igreja Católica fez questão de demonstrar a sua admiração pelos cientistas, e pelos profissionais de saúde que por estes dias trabalham para cuidar das pessoas contagiadas por coronavírus (Covid-19), qualificando-os como “os santos da porta do lado”, dada a sua capacidade de arriscar a vida pelo próximo.
“Admiro-os, ensinam-me como me empenhar”, destacou Francisco, salientando as difíceis condições que muitos destes profissionais enfrentam no dia a dia, em plena pandemia do novo coronavírus (Covid-19), estando muitos impedidos de irem a casa durante muito tempo e havendo já várias mortes entre eles.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da (Covid-19), já infetou mais de 360 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Portugal encontra-se em Estado de Emergência desde as 00:00 de quinta feira até às 23:59 de 02 de abril.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o novo coronavírus como um “inimigo da Humanidade”, detetado inicialmente na cidade de Wuhan, na República Popular da China, em dezembro de 2019.