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A opção massiva pelo teletrabalho das empresas da região do Baixo Ave pode vir a ser o futuro

20 Março 2020
A opção massiva pelo teletrabalho das empresas da região do Baixo Ave pode vir a ser o futuro
Economia
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A opção massiva pelo teletrabalho das empresas da região do Baixo Ave, face à ameaça da covid-19, e a forma como tem sido bem-sucedida deixa perceber, para o líder da associação empresarial, que será uma aposta no futuro.
José Manuel Fernandes, presidente da Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA), traçou o quadro de uma região em que 600 dessas empresas são associadas da AEBA e que “muito cedo tomaram a decisão de enveredar pelo teletrabalho”, precavendo-se, assim, da propagação do surto do novo coronavírus.
“Desde muito cedo, mesmo antes da declaração de estado de emergência, que quase todas as empresas optaram pelo teletrabalho e há coisas que estão a funcionar bem com esta opção, o que deixa a perceção de que quando isto acabar nada vai ficar com era antes”, disse o responsável.
Numa breve análise às implicações deste ato de gestão, o líder da AEBA entende que gerou “novos modelos de gestão” que fizeram com que “pessoas que tendo integrado estruturas internas nas empresas no futuro poderão vir a trabalhar a partir de casa, podendo dessa forma melhor gerir a relação trabalho/família”.
“Temos de aguentar a economia, pois estamos numa região de empresas exportadoras, que têm uma boa carteira de encomendas e que estão a tentar dar confiança aos mercados e à nossa sociedade”, sustentou o também dono do Grupo Frezite.
Informando que o “lay-off ainda não está a ser praticado” nas associadas da AEBA, destacou, pelo contrário, “empresas com responsabilidade na área alimentar e farmacêutica, que redobraram o seu esforço, como é o caso da Bial que funciona em horas extraordinárias para que os produtos não faltem nas farmácias e distribuidoras”.
Das outras medidas ditadas pelo combate ao vírus, José Manuel Fernandes disse haver “um ou outro restaurante que optou por tornar-se “take away” e dessa forma ter a sua estrutura mínima ocupada” e também aconteceu “numa ou noutra empresa que funcionários, que são vendedores, foram colocados de quarentena”.
Em síntese, José Manuel Fernandes disse viver-se entre as 600 associadas que se distribuem pelos concelhos a Trofa, Santo Tirso, Maia, Vila Nova de Famalicão e de Vila do Conde “um quadro animador de empresas que souberam adaptar-se e que fazem por não sentir os efeitos do coronavírus”.