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Líder da Área Metropolitana diz que críticas sobre expansão de linhas do Metro do Porto são fumaça

5 Março 2020
Líder da Área Metropolitana diz que críticas sobre expansão de linhas do Metro do Porto são fumaça
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O presidente da Área Metropolitana do Porto disse nesta que as críticas sobre como geriu o processo de expansão da rede de metro são “fumaça” e voltou a acusar os autarcas de utilizar aquele órgão para fins político-partidários.
“O facto de haver eleições internas nos partidos, às vezes cria a necessidade de alguns aparecerem na comunicação social à custa da área metropolitana, quando não aparecem à custa dos seus próprios méritos municipais”, disse Eduardo Vítor Rodrigues em declarações aos jornalistas no final da reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP).
Garantindo não se sentir injustiçado, o presidente do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) assinalou: “a verdade é uma, o protocolo foi assinado por todos”.
“E eu vou trazê-lo para aprovar e tenho a impressão que vai ser aprovado por todos que o assinaram. Tudo o resto é fumaça. É preciso ter paciência e tranquilidade para liderar uma área metropolitana muito heterogénea”, também “nas dinâmicas partidárias”, declarou Eduardo Vítor Rodrigues.
“Confio na justiça divina, confio na justiça do povo, mais do que isso não espero”, rematou, sublinhando que o que fez, fê-lo para tentar evitar que se excluíssem linhas, como é o caso da Trofa, cuja ligação já tinha sido posta de parte pela tutela.
Na reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP), Eduardo Vítor Rodrigues voltou a ser criticado pela forma como conduziu o processo que deu origem ao protocolo de estudo e expansão da rede de Metro do Porto, assinado a 21 de fevereiro com o Governo, tendo sido acusado de tomar decisões sem prestar contas aos municípios que compõem o Conselho Metropolitano aquele órgão.
O presidente da Câmara de Espinho foi o primeiro a demonstrar o seu desagrado e, salientando não querer entrar na discussão “o meu metro é maior do que teu”, sublinhou que o tema devia ter sido discutido com todos os municípios.
Também os autarcas de Vila do Conde e da Trofa voltaram a sublinhar a suas posições face à forma apressada como foi formalizado este protocolo, tendo sido acompanhados por Valongo, cujo autarca questionou se quem decide as obras que devem ser feitas no âmbito do Programa Nacional de Investimentos (PNI) para 2030 é o presidente da Câmara de Gaia e presidente do CmP e não o parlamento.
O protocolo foi assinado pelos municípios directamente envolvidos: Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Trofa, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.
Em causa estão cerca de 860 milhões de euros do PNI 2030, sendo que cerca de 620 milhões de euros se destinam à consolidação da rede do Metro do Porto e 240 milhões de euros são para o desenvolvimento de sistemas de transportes colectivos. As verbas deverão ser executadas entre 2021 e 2030.