Última hora

Fábrica de Conservas da Póvoa de Varzim aumenta produção e mantém 250 funcionários

27 Março 2020
Fábrica de Conservas da Póvoa de Varzim aumenta produção e mantém 250 funcionários
Economia
0

Uma fábrica de conservas de peixe da Póvoa de Varzim teve de aumentar a sua produção para responder ao acréscimo de encomendas, resultante da preocupação com a pandemia de Covid-19, mantendo em atividade os 250 funcionários.
Ao contrário de outros setores económicos, que têm sentido quebras nas vendas e dificuldades para laborar, a fábrica de conservas de peixe A Poveira, um dos maiores empregadores do concelho poveiro, teve de se adaptar à maior procura do mercado e, ao mesmo tempo, às contingências provocadas pela Covid-19, para manter a atividade a 100%.
“Desde o início do mês tivemos de aumentar a capacidade de resposta da produção, introduzindo mais um turno de trabalho para poder produzir mais e garantir todas as quantidades necessárias para servir os nossos clientes”, explicou Sofia Brandão, diretora de marketing da empresa.
A responsável explicou sendo as conservas de peixe, nomeadamente de atum, sardinha ou cavala, “um bem não perecível”, a procura por este produto “aumentou logo que as pessoas ficaram mais preocupados com esta situação da Covid-19”, precipitando “um aumento da procura dos clientes nacionais e internacionais, que entretanto foi estabilizando”.
A responsável da fábrica A Poveira considerou que os planos de prevenção e adaptação feitos pela empresa, logo em fevereiro, foram “fundamentais para lidar com esta situação”, nomeadamente ao “implementar um forte plano de segurança tendo em vista, em primeiro lugar, a proteção dos 250 trabalhadores”.
“Felizmente ainda não tivemos nenhum caso contaminação entre os nossos trabalhadores. Temos um plano de contingência implementado para lidar com qualquer situação. Todos os colaboradores têm tido um comportamento exemplar e até de sacrifício, para todos os dias darem o seu máximo, e os nossos administradores reconhecem isto, estando na empresa logo às 5 da manhã, no primeiro turno, para agradecer o esforço”, acrescentou Sofia Brandão.
Em termos logísticos, a empresas, que além de produzir para o mercado nacional tem muitas encomendas para Áustria, Polónia, Estado Unidos da América, Alemanha e Espanha, não tem sentido problemas com os transportes nem com a obtenção de matéria-prima, nomeadamente atum, embora tendo já uma parte da produção em ‘stock’ para suprir eventuais constrangimentos.
A Poveira, que no ano passado teve um volume negócios superior a 24 milhões de euros, continua a ter previsto um investimento de mais 10 milhões para aumentar instalações e ampliar a sua capacidade produtiva.