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Comércio e Serviços consideram “inaceitável o profundo desprezo a que foi votado o setor”

18 Março 2020
Comércio e Serviços consideram “inaceitável o profundo desprezo a que foi votado o setor”
Economia
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A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou “inaceitável o profundo desprezo a que foi votado o setor” nas medidas anunciadas pelo Governo no âmbito da pandemia Covid-19, alertando que estas empresas estão em risco.
“Ao tomar conhecimento das linhas de crédito anunciadas pelo Governo, em concreto da distribuição setorial dos montantes agora disponibilizados”, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considera “inaceitável o profundo desprezo a que foi votado o setor do comércio e de muitos serviços”, afirma em comunicado.
“Face a esta discriminação inexplicável e à falta de apoio do Governo a estes setores, a CCP aconselha os empresários a não adiarem decisões (como aconteceu, por exemplo, no período de ajustamento) e a adotarem uma política de redução de custos, nomeadamente laborais”, sublinha a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).
Segundo a confederação com assento na Concertação Social presidida por João Vieira Lopes, o setor do comércio representa “mais de 700 mil ativos, dos quais meio milhão a trabalhar em micro e PME do setor”.
Os restantes serviços, de acordo com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), empregam ainda mais de um milhão de trabalhadores.
O Governo anunciou um conjunto de linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas no montante total de 3 mil milhões de euros, destinadas aos setores mais atingidos pela pandemia Covid-19.
Em conferência de imprensa conjunta dos Ministérios das Finanças e da Economia, transmitida ‘online’, o ministro da Economia anunciou um conjunto de linhas de crédito, garantidas pelo Estado, que alavancam em 3 mil milhões de euros o crédito disponível para as empresas.
Para o setor da restauração e similares, o executivo cria uma linha de crédito de 600 milhões de euros, dos quais 270 milhões de euros são destinados a micro e pequenas empresas.
Para as empresas do setor do turismo, que abrange agências de viagem, animação e organização de eventos, estará disponível nos próximos dias uma linha de crédito no montante de 200 milhões de euros, dos quais 75 milhões de euros para micro e pequenas empresas.
Já outras empresas no setor do turismo, incluindo empreendimentos e alojamentos turísticos, terão ao dispor 900 milhões de euros, dos quais 300 milhões especificamente para micro e pequenas.
Na indústria, em particular têxtil, vestuário, calçado, indústria extrativa e da fileira da madeira, Siza Vieira anunciou uma linha de 1.300 milhões, sendo 400 milhões de euros destinados a micro e pequenas empresas.