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Associação Comercial do Porto diz que para se “salvarem vidas” tem que se “salvar a economia”

21 Março 2020
Associação Comercial do Porto diz que para se “salvarem vidas” tem que se “salvar a economia”
Economia
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O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Nuno Botelho, defendeu que para se “salvarem vidas” é necessário “salvar a economia” e que as medidas apresentadas pelo Governo são “um pequeno balão de oxigénio” para as empresas.
“Como afirmou o Presidente da República, para salvarmos vidas, temos de salvar a economia. Para voltarmos a ter estabilidade e confiança, temos de ter empresas e emprego”, afirmou o presidente da Associação Comercial do Porto.
Nuno Botelho salientou que “ninguém melhor do que os empresários” compreendem “o alcance das palavras” do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mas que a situação das empresas, especialmente do setor do turismo, face ao surto de coronavírus (Covid-19), é “grave e preocupante”.
“Não se trata de um exclusivo do Porto ou do Norte, mas como é óbvio toda esta conjuntura de incerteza afeta mais as zonas com uma economia mais dinâmica, como é o nosso caso”, referiu, acrescentando que “os maiores exportadores nacionais estão no Norte”.
“Com uma Europa em crise, com um mundo paralisado, a exportação portuguesa vai sofrer bastante e isso terá também efeitos muito negativos na economia e no emprego”, salientou.
Quanto às medidas anunciadas pelo Governo para as empresas, o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) afirmou que, do ponto de vista fiscal, são “positivas e um pequeno balão de oxigénio”, mas que serão “sempre curtas e impotentes” caso a duração desta crise se prolongue.
“Adiar obrigações fiscais é um alívio no curto prazo, desde que as coisas melhorem dentro de dois ou três meses. É isso que esperamos todos, pela nossa saúde e para a sobrevivência da nossa economia. Mas estas medidas, serão sempre curtas e impotentes para uma crise de maior duração”, defendeu Nuno Botelho, que acredita que os portugueses vão conseguir dar “uma grande resposta”.
“Devemos dar um sinal positivo, um sinal de esperança. O país não pode parar, a economia não pode parar”, concluiu o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP).