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Elisa Ferraz “surpreendida” com Isaac Braga manifesta “disponibilidade” para continuar

21 Fevereiro 2020
Elisa Ferraz “surpreendida” com Isaac Braga manifesta “disponibilidade” para continuar
Política
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A presidente da Câmara Municipal, Elisa Ferraz, esclareceu a sua posição sobre anunciada saída do presidente da Junta de Freguesia de Vila do Conde do movimento independente Nau – Nós Avançamos Unidos, pelo qual tinha sido eleito para o cargo em 2017.
A presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Elisa Ferraz, disse ter ficado “totalmente surpreendida” com a posição assumida pelo presidente da Junta de Freguesia de Vila do Conde, numa declaração proferida esta sexta feira, em reação às palavras de Isaac Braga, que se demarcou do movimento independente NAU – Nós Avançamos Unidos, há uma semana atrás.
Elisa Ferraz, acompanhada por todos os vereadores eleitos pelo movimento independente NAU – Nós Avançamos Unidos, em outubro de 2017, considerou a situação de “insólita” e deu como exemplo a vitória de Cláudio Matos, nas Eleições Intercalares da freguesia de Mindelo no passado domingo, que demonstra que uma grande maioria “continua a acreditar no nosso projeto”.
Sobre as acusações de Isaac Braga, Elisa Ferraz assegurou que não foi contactada pessoalmente, e que nessa semana esteve ausente de Vila do Conde, completando que a postura “só a ele cabe e devem ser os vilacondenses avaliar a atitude”, acrescentando que “não farei qualquer comentário quanto à ética dos outros, só respondo pela minha ética e da minha equipa”.
Ainda sobre a saída de Isaac Braga do movimento independente Nau – Nós Avançamos Unidos, Elisa Ferraz afirmou que ainda não chegou, nem tem conhecimento de nenhum pedido de demissão.
Elisa Ferraz aproveitou, ainda, para dizer “que nem todos os elementos da junta de Vila do Conde estão do lado do presidente e que é uma matéria que os próprios devem dizer. As pessoas procuraram-me e em tempo útil será dado a conhecer”.
“O nosso compromisso de trabalhar, para todos os vilacondenses, com prevalência de valores, da ética e dos princípios, num projeto absolutamente livre e inclusivo, em que todos cabem, e ninguém é excluído, seja pela condição, seja por opções políticas ou confessionais, porque vivemos em plena democracia e porque somos todos vilacondenses”, disse Elisa Ferraz, enumerando os compromissos assumidos.
“A seriedade no desenvolvimento de iniciativas claramente exequíveis, promovendo a ética, em todos os momentos e em todos os processos, garantindo que o prometido será cumprido”, continuou Elisa Ferraz.
“Atuamos com autonomia reflectida na liberdade das decisões, na ausência das cartilhas partidárias, focando o pensamento exclusivamente no desenvolvimento e bem-estar de todos. A execução das políticas e do poder como um serviço, cumprindo e servindo permanentemente a comunidade, com disponibilidade e entrega total”, manifestou Elisa Ferraz.
A líder do movimento independente Nau – Nós Avançamos Unidos disse que desconhece “a existência de alguém que a meio do mandato tenha tomado uma atitude que defraude o compromisso para o qual foi mandatado pela população que o elegeu e que, nesse preciso momento, assuma publicamente que se disponibiliza para abraçar um anunciado projeto que ainda ninguém conhece”.
Elisa Ferraz enumerou que 70% das propostas do movimento independente Nau – Nós Avançamos Unidos para o atual mandato estão concretizadas, nomeadamente com a redução do IMI “quase para a taxa mínima”, os 20 milhões gastos “em investimentos” e a “revisão do contrato com a empresa Indaqua”.
Questionada sobre o seu futuro político e se este diferendo a incentiva a candidatar-se nas eleições autárquicas do próximo ano, Elisa Feraz disse que “não faço tabus sobre essa matéria” e confirmou estar “disponível”.
Elisa Ferraz assegurou que “continuamos determinados e seguros com o projeto que nos apresentamos às eleições”.
Elisa Ferraz terminou a conferência de imprensa dizendo o que disse na apresentação da candidatura independente em 2017: “norteio-me, tanto na vida pessoal, como na atividade política, por princípios de ética, de democracia, de tolerância, de diálogo, de proximidade, e de valorização da pessoa humana”.