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Estudo de 2018 diz que nenhuma das árvores analisadas em Vila do Conde aparentava risco

24 Janeiro 2020
Estudo de 2018 diz que nenhuma das árvores analisadas em Vila do Conde aparentava risco
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“Vila do Conde detém um vasto património arbóreo, de extremo interesse ambiental e valor paisagístico. Alguns desses maciços arbóreos ou grupos isolados são conjuntos vegetais relevantes no desenho urbano e na história da cidade, que foram adquirindo, ao longo de muitas décadas, qualidades notáveis de porte e de longevidade e que ditam hoje a sua salvaguarda.
Atento a este grande valor patrimonial, o Município de Vila do Conde encomendou à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro um “Estudo Fitossanitário e Avaliação do Risco das Árvores de Vila do Conde”, com o objetivo de garantir a segurança de pessoas e bens, nomeadamente quanto à prevenção de perigos resultantes da presença de árvores de grande porte no domínio público. O estudo incidiu na caraterização fitossanitária e avaliação de risco para um universo de 330 elementos arbóreos, distribuídos por espaços de referência na cidade, designadamente: Eixo da Júlio Graça; Recinto do Mercado, Praça de S. João, Av. João Canavarro, Alameda Pais Ribeiro e Praça Vasco da Gama.
No que se refere às duas notáveis Araucaria bidwillii situadas na Praça Vasco da Gama, cuja vetusta idade de mais de 100 anos e uma altura superior a 30 metros, o estudo reforça o sentido do seu elevado valor patrimonial e confirma que o estado fitossanitário e as condições do lenho não aparentam sinais de risco, contudo recomendando a monotorização permanente destes elementos arbóreos.
O resultado do estudo confirma que nenhum dos elementos arbóreos analisados aparenta risco de queda nem debilidades muito graves, sendo que de uma forma geral as orientações dadas recomendam podas de manutenção e arejamento com remoção de pernadas mal inseridas, assim como drenagens pontuais de “cavidades” existentes em árvores mais antigas.
Por norma, a metodologia de diagnóstico empregue nestes estudos requer o uso de meios e conhecimentos técnicos e científicos de elevado nível de competência, razão pela qual a Câmara Municipal solicitou a intervenção da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, por considerar ser uma instituição com técnicos habilitados e currículo relevante na área de avaliação das condições de segurança de árvores em espaço público e experiencia na formulação de orientações para o uso de boas práticas de gestão”, tornou público, em 10 de abril de 2018, a Câmara Municipal de Vila do Conde.
Desde o final de 2019 que a poda generalizada das árvores em Vila do Conde se tornou num assunto de domínio público.
O Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens (FAPAS) considera ser uma “excessiva poda das árvores em Vila do Conde”.
O Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens (FAPAS) salienta que a decisão da autarquia “até seria aceitável desde que fosse executada de acordo com os procedimentos corretos e que não expusesse as árvores a um stress desnecessário e nocivo para a sua saúde”, mas notou que na Avenida Júlio Graça, uma das principais artérias da cidade, o que aconteceu foi “a quase total remoção da copa [das árvores]”.