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Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto aposta em Vila do Conde nos consumidores jovens

9 Dezembro 2019
Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto aposta em Vila do Conde nos consumidores jovens
Economia
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O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) quer continuar a apostar no rejuvenescimento dos consumidores, apontando as parecerias com escolas de hotelaria e restauração como uma das estratégias, defendeu presidente do organismo.
Gilberto Igrejas transmitiu essa ideia no decorrer de uma iniciativa com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que decorreu na Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT) do Politécnico do Porto (PP), em Vila do Conde, onde se debateu “a importância do Vinho do Porto e a sua divulgação junto do setor da restauração”.
“As parcerias com as escolas de hotelaria são um bom motivo para educar os alunos, para que eles, quando entrarem no mundo de trabalho, possam ser os nossos embaixadores. Ter jovens a explicar a jovens as especificidades e qualidade dos nossos vinhos é um dos alicerces do futuro”, disse o presidente do IVDP.
O dirigente antecipou que, “se os jovens das escolas de hotelaria gostarem destes produtos, estarão mais habilitados a proporcionar a outros essas experiências”, vincando a importância de ter uma “cadeia a fluir” na promoção dos vinhos mas, também, da Região do Douro.
Além dessa estratégia de formação e promoção, o IVDP pretende, também, utilizar as tecnologias para atrair mais consumidores e turistas à região, estando a preparar uma aplicação para dispositivos móveis que pretende melhorar a experiência na visita à rota de enoturismo do Douro.
“Queremos dinamizar, ainda mais, a nossa região, e aumentar o número de visitantes para conhecerem um local com um passado e património inigualável. O enoturismo já é responsável por uma fatia económica bem importante, complementando a venda do vinho, e com o esgotar da capacidade hoteleira no Porto e Vila Nova de Gaia, será preciso alargar-se para outros concelhos”, partilhou Gilberto Igrejas.
Depois de em 2018 o setor do vinho do Douro e Porto ter vendido 161 milhões de garrafas e faturado mais de 500 milhões de euros, o responsável do IVDP ainda está a fechar os números de 2019, mas já encontrou uma evolução.
“O nível médio do preço de venda por garrafa continua numa caminhada ascendente, mostrando que um mercado bem informado tem uma apetência a pagar mais. Temos de manter a aposta na promoção e formação, porque isso vai dar os seus frutos a curto prazo”, vincou Gilberto Coimbra.
Nessa estratégia de promoção, entram parcerias como a com AHRESP, que lembra o papel dos seus associados como “embaixadores dos produtos portugueses” fora e dentro do país.
“Temos uma ação junto de vários países, onde sentimos que há uma ausência de penetração de produtos genuinamente portugueses. Um trabalho em conjunto, como este, pode ajudar dar conhecer e provar o que temos de melhorar, e com isso fidelizar consumidores”, notou Carlos Moura, vice-presidente da AHRESP.
No caso dos vinhos, o responsável da AHRESP lembrou que “o setor da grande distribuição tem um papel na massificação dos produtos, a preços mais baixos”, mas vincou que a hotelaria e restauração podem contribuir para a venda de quantidades com “preços mais atrativos para os produtores”.