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BE e CDU perdem um deputado no círculo eleitoral do Porto e PAN elege pela primeira vez

9 Outubro 2019
BE e CDU perdem um deputado no círculo eleitoral do Porto e PAN elege pela primeira vez
Política
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BE e CDU perderam um deputado no círculo eleitoral do Porto, onde o PAN elegeu um representante pela primeira vez, numa disputa entre 21 forças políticas da qual saiu vencedor o PS, com 17 mandatos, perante os 15 do PSD.
Quanto ao CDS, que em 2015 tinha concorrido às legislativas em coligação com o PSD, conquistando três deputados pelo Porto, elegeu agora apenas um, Cecília Meireles, e ficou abaixo do PAN no número de votos (3,34% face os 3,46% da candidatura liderada por Bebiana Cunha).
No distrito que vai estar representado por 40 deputados na Assembleia da República, em vez dos 39 das anteriores legislaturas, devido à subida no número de eleitores, o PSD elegeu o seu líder, Rui Rio, número dois da lista liderada por Hugo Carvalho, o BE fica com quatro deputados, incluindo a sua coordenadora, Catarina Martins (cabeça-de-lista), e a CDU desce para dois (Diana Ferreira e Ana Mesquita).
O PS conquistou 17 deputados no Porto, o mesmo número que a coligação PSD/CDS tinha conseguido em 2015, mas com uma percentagem mais baixa de votos: o PS obteve 36,65% da votação no distrito, ao passo que, em 2015, PSD e CDS tiveram 39,59%.
Com 17 mandatos, os socialistas elegeram no Porto Alexandre Quintanilha, número um da lista, a independente Rosário Gamboa, João Pedro Matos Fernandes e Ana Paula Vitorino, dois ministros na atual legislatura (do Ambiente e do Mar, respetivamente).
Também José Luís Carneiro, número cinco da lista, e Isabel Oneto, número nove, secretários de Estado (das Comunidades e da Administração Interna) integraram a lista do PS pelo Porto e foram eleitos.
O PSD chegou aos 15 deputados, com 31,16% dos votos do Porto, distrito onde a abstenção subiu dos 39,68% de 2015 para os 41,41% este ano.
Embora PSD e CDS-PP fiquem, no conjunto, com menos dois deputados do que em 2015, o PSD sobe a representação no Parlamento, pois na legislatura anterior a lista de 17 eleitos integrava três elementos do CDS: Cecília Meireles, Álvaro Castello-Branco e Pedro Mota Soares.
Olhando apenas para o concelho do Porto, de onde é natural o líder do PSD e onde Rui Rio presidiu à autarquia durante três mandatos, os social-democratas apenas não bateram o PS na freguesia de Campanhã, ultrapassando os socialistas nos votos em todas as outras seis.
Na lista dos votos do distrito, mas sem eleger qualquer mandato, ficou o Iniciativa Liberal, com 1,52% dos votos.
Em oitavo lugar, também sem eleger deputados, ficou o RIR, partido criado por Vitorino Silva, também conhecido por Tino de Rans, natural do concelho de Penafiel, que no distrito do Porto somou 1,13% votos. Segue-se o Livre e o Chega, com 0,96% e 0,91%, respetivamente.
Com perto de 1,78 milhões de residentes e mais 3.500 eleitores do que em 2015, o distrito do Porto é composto por 18 concelhos, e abrange 11 dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (os restantes pertencem ao distrito de Aveiro): Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Valongo, Maia, Matosinhos, Paredes, Trofa, Santo Tirso, Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
O distrito do Porto inclui ainda sete das 11 autarquias da região do Tâmega e Sousa (Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira e Penafiel).
Embora tenha aumentado o número de eleitores e por isso eleja mais um deputado do que em 2015, o círculo eleitoral do Porto perdeu população relativamente a 2011: de acordo com os Censos, naquele ano o distrito tinha 10.816.908 residentes e agora apresenta menos 39.813 do que então.