Última hora

Assembleia da República aprova voto de pesar por óbito de poveiro Diogo Freitas do Amaral

10 Outubro 2019
Assembleia da República aprova voto de pesar por óbito de poveiro Diogo Freitas do Amaral
Política
0

A Assembleia da República aprovou, com a abstenção do PCP e do PEV, um voto de pesar pela morte de Diogo Freitas do Amaral, fundador do CDS, que morreu em 3 de outubro, aos 78 anos.
O voto de pesar foi apresentado pelo CDS, na comissão permanente da Assembleia da República, que destacou que “a morte de Diogo Pinto de Freitas do Amaral deixa luto a Democracia portuguesa, que ajudou a fundar e consolidar”.
Na hora da votação, as bancadas do PCP e PEV optaram pela abstenção e os restantes grupos parlamentares (PS, PSD, CDS, BE) votaram a favor.
Com este voto, o parlamento lembrou “um dos fundadores da democracia, um homem de Estado, um notável académico, e uma figura fundamental da democracia-cristã europeia”.
Após a leitura e votação do voto, os deputados cumpriram um minuto de silêncio por Freitas do Amaral, por Manuela Silva, que presidiu à Comissão Nacional Justiça e Paz, Avelino Ferreira Torres, do CDS, e João Gaspar, do PS.
O fundador do CDS e ex-ministro Diogo Freitas do Amaral morreu a 3 de outubro, aos 78 anos.
Diogo Pinto de Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim, no distrito de Porto, em 21 de julho de 1941. Foi presidente do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, e ministro em vários governos.
Diogo Pinto de Freitas do Amaral, que estava internado desde 16 de setembro, fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais da tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agradeceu, “em nome de todos os portugueses”, o “serviço” de Diogo Freitas do Amaral “a Portugal”. Marcelo Rebelo de Sousa relembrou o fundador do CDS, numa comunicação ao país, como “um dos pais fundadores da nossa democracia” – “o último a deixar-nos”.
“Serviu Portugal como um dos pais fundadores da nossa democracia partidária em 74, o último a deixar-nos. Serviu Portugal, contribuindo de forma decisiva para a integração da direita portuguesa na democracia. Serviu Portugal, na primeira revisão da Constituição e na elaboração de leis estruturantes do regime. Serviu Portugal no mundo como ministro da Defesa Nacional, como chefe da nossa diplomacia por duas vezes. E, também, como presidente dos democratas cristãos europeus e como presidente da assembleia-geral das Nações Unidas”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.