Empresa de Vila do Conde faz caminhada solidária a favor da instituição APTI A. F. Vila Cova

Cultura

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A FisioNorte, empresa de fisioterapia e cuidados de saúde, vai realizar pelo segundo ano consecutivo uma segunda caminhada solidária na marginal de Vila do Conde.
O objetivo da caminhada solidária é angariar fundos para a APTI A. F. Vila Cova, Associação de Protecção à Terceira Idade António Ferreira Vila Cova.
“Era uma vez um senhor chamado António Ferreira Vila Cova, que morava numa terra chamada Caxinas e que se preocupava muito com os pescadores velhinhos que já se tinham reformado. Então, começou a pensar numa forma dos velhinhos poderem conviver uns com os outros num local seguro”, pode ler-se no sítio da Internet da Associação de Protecção à Terceira Idade António Ferreira Vila Cova.
“E o que fez este senhor? Resolveu criar um local onde os velhinhos pudessem passar o dia, podendo almoçar, distrair e descansar os seus corpos cansados ao fim de uma vida de muito trabalho. E, assim, nasceu a Associação de Protecção à Terceira Idade António Ferreira Vila Cova, em 29 de Junho de 1981”, continua o texto no sítio da Internet da Associação de Protecção à Terceira Idade António Ferreira Vila Cova.
“A preocupação deste grande homem não foi somente dirigida aos “velhinhos”, sentiu também a necessidade de apoiar as famílias das Caxinas, criando um espaço onde os seus filhos se sentissem protegidos. Nasceu assim, em 1989, a nossa Creche, data em que António Ferreira Vila Cova tomou posse como Presidente desta Associação, iniciando-se o grande desenvolvimento desta casa”, diz o mesmo texto no sítio da Internet da Associação de Protecção à Terceira Idade António Ferreira Vila Cova.
A propósito da caminhada solidária a favor da Associação de Protecção à Terceira Idade António Ferreira Vila Cova, falamos com Joaquim Pontes, mentor da FisioNorte e deste evento solidário.
“Aquilo que me levou a organizar a caminhada solidária foi o facto de querer desmistificar o amplo significado da Fisioterapia para que a pessoas comecem a interpretá-la de uma forma mais holística. A Fisioterapia não abrange somente o tratamento e os exercícios que precisam de ser feitos para o sucesso do mesmo. A saúde mental e emocional são factores diferenciadores para se conseguir obter o ponto de equilíbrio”, começou por salientar Joaquim Pontes.
“Ao longo do meu percurso como fisioterapeuta tenho vindo a aperceber-me que muitas das dores manifestadas nos pacientes são resultado de dores emocionais e percebi que pode haver um elo de ligação entre a fisioterapia e a solidariedade. Ao ser solidário através de uma caminhada, não só está a exercitar-se como também está a ter benefícios para a sua saúde mental. Isso está publicado num livro de Allan Luks, onde o autor reuniu diversos estudos sobre os benefícios proporcionados pelo altruísmo do trabalho voluntário. O aumento da sensação de bem-estar e uma redução dos níveis de stress, foram notórios após ter entrevistado 3.000 voluntários depois destes terem realizado ações filantrópicas. Isto traduz-se num maior equilíbrio emocional e curiosamente há entrevistados que relataram sentir uma melhoria e até um desaparecimento de problemas como insónias, úlceras, dores de costas e depressão. Portanto, todos saímos a ganhar ao participar em iniciativas solidárias”, continuou Joaquim Pontes.
“Eu cresci nas Caxinas e foi-me incutido desde cedo um sentido de entreajuda. Pude sempre contar com o apoio dos que me circundavam e isto é o que considero mais admirável aqui, principalmente porque estamos perante acontecimentos globais em que a sociedade cada vez mais se individualiza. Eu acredito que é com atos de amor que se combate o isolamento e a indiferença”, frisou Joaquim Pontes.
“Unir mais as pessoas e fazer com que elas percebam que juntos somos sempre mais felizes” é o desejo de Joaquim Pontes.
A caminhada solidária pela marginal de Vila do Conde é já este domingo, 8 de setembro. A inscrição tem o valor mínimo de 1 Euro e todos os fundos revertem a favor da APTI A. F. Vila Cova, Associação de Protecção à Terceira Idade António Ferreira Vila Cova.