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Dragagens em Vila do Conde e Póvoa de Varzim criam paralelismo com Superbank australiano

17 Julho 2019
Dragagens em Vila do Conde e Póvoa de Varzim criam paralelismo com Superbank australiano
Economia
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As barras e os portos de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim estão constantemente a ser alvo de investimento em dragagens.
O Ministério do Mar anunciou recentemente um investimento de dois milhões de euros em dragagens nos portos de Lagos, Peniche, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, para melhoria das condições de segurança e de navegabilidade.
Em comunicado, o ministério de Ana Paula Vitorino adianta ter já sido aberto em junho o concurso público relativo às dragagens nos portos de Lagos e de Peniche, nos montantes de 413 e 792 mil euros, respetivamente, e com volumes de sedimentos a dragar de 79.000 e 113.000 metros cúbicos, pela mesma ordem.
Em Vila do Conde já foi também “aberto o respetivo procedimento concursal, após o levantamento das quantidades a dragar”, e no porto de Póvoa de Varzim a dragagem “foi já adjudicada e os trabalhos iniciam-se esta semana”.
No porto da Póvoa de Varzim está envolvido um investimento de 500 mil euros para a dragagem de 110.000 metros cúbicos de sedimentos, devendo a obra decorrer durante cerca de quatro meses.
O assoreamento das barras e portos é uma problemática que ocorre um pouco por toda a costa portuguesa e pelo mundo e a comunidade do surf de Portugal aproveita sempre a altura das dragagens para relembrar que há um exemplo na Austrália que resolveu, definitivamente, o problema e começou a gerar 20 milhões de dólares todos os anos para a economia local, há já 18 anos.
O Superbank da Gold Coast, em Coolangatta, Austrália, composto pelas ondas de Snapper Rocks, Greenmount, Little Marley e Kirra, foi criado em 2001, graças à implementação de um “bypass” no rio Tweed, em Tweed Heads. Na altura, as entidades competentes contrataram uma empresa para dragar e bombear as areias depositadas da foz do rio de forma a garantir a navegação e implementaram uma bomba de aspiração frequente, que retira a areia de onde está a mais e recoloca-a onde falta. Assim, com as aspirações e bombeamento das areias, à noite, por ser mais barato em termos energéticos, resolvem, de um dia para o outro, o problema do assoreamento e alavancaram a economia local.