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Quatro detidos na Operação Teia presos na Polícia Judiciária vão ser ouvidos no Porto

29 Maio 2019
Quatro detidos na Operação Teia presos na Polícia Judiciária vão ser ouvidos no Porto
Política
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Fonte da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária ligada à investigação Operação Teia avançou esta tarde que os presidentes das Câmaras Municipais de Santo Tirso, Joaquim Couto, e de Barcelos, Miguel Costa Gomes, bem como o presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto (mulher do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso), já foram “levados para a zona prisional” das instalações da Polícia Judiciária do Porto.
As buscas policiais vão continuar nos quatro concelhos do Norte – Porto, Santo Tirso, Barcelos e Matosinhos – “até ao final da tarde de hoje” e os detidos vão ser “ouvidos na próxima quinta feira” pelo juiz de Instrução Criminal, acrescentou fonte da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária.
A Operação Teia, cuja “investigação policial mais profunda começou há um ano e meio”, decorreu hoje com 10 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, e culminou com a detenção de quatro pessoas com idades compreendidas entre os 48 e os 68 anos, por suspeita da “prática reiterada de viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas, proporcionando vantagens patrimoniais”, lê-se no comunicado de imprensa da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária enviado à comunicação social.
“A investigação, centrada nas autarquias de Santo Tirso, Barcelos e Instituto Português de Oncologia do Porto, apurou a existência de um esquema generalizado, mediante a actuação concertada de autarcas e organismos públicos, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste directo, com o objectivo de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular”, informa a Polícia Judiciária em comunicado.
A Diretoria do Norte da Polícia Judiciária explica que a detenção está relacionada com “negócio no âmbito de contratação pública” e resulta de “inquérito titulado pelo Ministério Público – Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto”.