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Projeto francês de habitação social vence prémio de arquitetura Mies van der Rohe em que primeiro vencedor foi edifício de Vila do Conde

10 Abril 2019
Projeto francês de habitação social vence prémio de arquitetura Mies van der Rohe em que primeiro vencedor foi edifício de Vila do Conde
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O projeto de renovação de três edifícios de habitação social, em Bordéus, França, dos arquitetos Lacaton & Vassal, venceu o Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2019, anunciou a fundação que instituiu o galardão.
O “Grand Parc Bordeaux”, dos arquitetos Frédéric Druot e Christophe Hutin, do ateliê Lacaton & Vassal, consistiu na transformação de três edifícios de habitação social, construídos no início dos anos 1960, num complexo moderno de 530 residências, após a sua demolição ter sido descartada.
A transformação das habitações totalmente ocupadas começa no interior, onde os arquitetos deram, a cada casa, novas qualidades como mais espaço, mais luz, mais vista e melhoria das instalações, destaca a Fundação Mies van der Rohe, que instituiu o prémio em 1987, com a Comissão Europeia.
“A adição de grandes jardins de inverno e varandas dão a oportunidade de desfrutar de mais espaço, mais luz natural, mais mobilidade de uso e mais vistas. As janelas são substituídas por grandes portas de correr envidraçadas que se abrem para o jardim de inverno. As instalações técnicas são modernizadas (…) Novas salas de acesso são feitas e os jardins em frente ao edifício são melhorados”, lê-se na descrição do projeto, no ‘site’ oficial dos prémios.
O prémio Arquitetura Emergente 2019 foi atribuído ao estúdio francês BAST pelo projeto “School Refectory” – um novo refeitório em extensão da escola existente, em Montbrun-Bocage, na região de Haute-Garonne, junto aos Pirinéus franceses.
O projeto inclui uma fachada envidraçada que mantém a transparência em relação à paisagem circundante.
Os vencedores do Prémio de Arquitetura Contemporânea foram escolhidos a partir de uma lista de 383 obras nomeadas, de 238 cidades de 38 países, das quais resultaram apenas cinco finalistas: a Clínica Psiquiátrica Caritas, em Melle, na Bélgica, pelo ateliê Architecten de Vylder Vinck, o Centro de Congressos de Plasencia, em Espanha, pelo ateliê Selgascano, a praça Skanderbeg, em Tirana, na Albânia, que juntou arquitetos de três países na sua autoria, e o edifício multiusos Terrassenhaus, em Berlim, pelos ateliês Muck Petzet e Brandlhuber, além do projeto “Grand Parc Bordeaux”, dos estúdios de Frédéric Druot e Christophe Hutin.
Entre os projetos inicialmente nomeados estavam o Terminal de Cruzeiros de Lisboa, de José Luís Carrilho da Graça, e o do Centro Arvo Pärt, na Estónia, liderado por Alexandra Sobral.
O projeto do arquiteto português Álvaro Siza para o antigo Banco Borges e Irmão, em Vila do Conde, foi o distinguido na primeira edição do prémio, em 1988.