Última hora

Empresa vilacondense Imperial junta-se à Walmart e abre portas para México, Chile e China

10 Janeiro 2019
Empresa vilacondense Imperial junta-se à Walmart e abre portas para México, Chile e China
Economia
0

A Imperial passou a ser um fornecedor principal da Walmart Brasil, o que lhe permitirá abrir as portas do México, Chile e China já no próximo ano.
“A Imperial fechou um acordo com a Walmart Brasil e passámos a ser um fornecedor principal da insígnia Sam’s Club, o que abre as portas do México, Chile e China no próximo ano, nomeadamente aos produtos saudáveis”, disse a presidente executiva da empresa, Manuela Tavares de Sousa.
A empresa aposta no “reforço da sua posição no mercado nacional”, onde está a crescer a 10% em termos de vendas e a ganhar quota de mercado, mas também ao nível internacional, onde aposta na ligação aos grandes retalhistas mundiais.
“Concluímos [também] um acordo com a Pick n Pay para fornecimento de pintarolas (drageias de chocolate) e fechámos outro acordo com a [sul-africana] Shoprite”, afirmou Manuela Tavares de Sousa.
No Brasil, “há boas oportunidades de negócio no setor do chocolate e ao nível das drageias, pois há poucos ‘players’ a nível europeu e há os mercados emergentes, com grande dimensão e potencial de negócio, que têm uma média etária baixa, com uma ampla concentração de crianças e jovens”, destacou Manuela Tavares de Sousa.
Além do Brasil, onde a aposta vai também para as marcas premium, a Imperial está agora voltada e privilegia a África do Sul, a Rússia e o Médio Oriente no processo de expansão internacional, embora exporte para 50 países dispersos por todos os continentes. A Europa continua, no entanto, a representar a maior fatia das vendas nos mercados externos.
A Imperial investe em média 2,5 milhões de euros por ano em inovação, materializada em tecnologia, processo de investigação e desenvolvimento e criatividade.
“É uma das empresas que melhor combina tradição com inovação”, salientou Manuela Tavares de Sousa, recordando que a empresa está também a fabricar chocolates saudáveis (vegan), com características particulares, designadamente com alto teor de cacau, sem glúten e ricos em fibras.
Entre 20% a 25% do volume de negócios da Imperial provêm dos novos produtos lançados, o que demonstra a “dinâmica de inovação da empresa”, segundo Manuela Tavares de Sousa.
A faturação da Imperial cresceu 12% no último exercício fiscal concluído em junho de 2018, face ao exercício anterior, para 34 milhões de euros e o EBITDA, Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), aumentou 36% para 4,5 milhões de euros.
Estes dados mostram “a robustez dos resultados económicos” da Imperial, salientou Manuela Tavares de Sousa, adiantando esperar que “a trajetória de crescimento se mantenha” no final do exercício em curso, até porque o EBITDA que a empresa tinha previsto há cinco anos “já foi ultrapassado”.
A dona das marcas como Regina, Jubileu, Pintarolas, Allegro ou Pantagruel tem atualmente três fábricas, incluindo a nova unidade de produção de Vila do Conde, que envolveu um investimento de 6 milhões de euros, e foi inaugurada pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, em setembro de 2017.