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Presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal detido até conhecer medidas de coação

24 Outubro 2018
Presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal detido até conhecer medidas de coação
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Melchior Moreira, presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, vai aguardar detido a decisão da juíza de instrução criminal sobre a aplicação de medidas de coação aos arguidos da Operação Éter. Os restantes quatro arguidos foram libertados e deverão apresentar-se quinta feira, às 16 horas, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para conhecer as medidas de coação.
Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Isabel Castro, diretora operacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Gabriela Escobar, jurista do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Manuela Couto, administradora da empresa W Global Communication, e José Agostinho, da firma Tomi World, de Viseu, foram detidos no passado dia 18 de outubro pela Polícia Judiciária do Porto por suspeitas de corrupção e de outros crimes económico-financeiros.
Em causa está um esquema de alegada corrupção que teria como principal objetivo favorecer duas empresa (W Global Communication e a Tomi World) na adjudicação de ajustes diretos. Tais adjudicações, além de ilícitas por alegadamente não respeitarem as regras da contratação pública, terão levado ao desvio de mais de 7 milhões de euros em apenas dois anos dos cofres do Turismo do Porto e Norte de Portugal.
Todos os detidos no âmbito da investigação por alegados contratos viciados em torno do Turismo do Porto e Norte de Portugal têm vindo a negar qualquer ilegalidade nos interrogatórios.
Tanto Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, como as duas funcionárias da instituição, Isabel Castro e Gabriela Escobar Gomes, além dos empresários José Simões Agostinho e Manuela Couto terão refutado, nos interrogatórios, os factos imputados pelo Ministério Público e Polícia Judiciária do Porto.
Os arguidos do Turismo do Porto e Norte de Portugal terão admitido “engenharias financeiras” para contornar dificuldades de tesouraria e conseguir cumprir os objetivos de instalação das lojas interativas de turismo, bem como iniciativas de comunicação, mas recusam ter causado prejuízo ao erário público.