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91% dos enfermeiros fazem greve no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde

16 Agosto 2018
91% dos enfermeiros fazem greve no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde
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A greve dos enfermeiros no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde teve na terça feira passada, 14 de agosto, uma adesão de 91%, salientou Fátima Monteiro, coordenadora da direção regional do Porto do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
A paralisação, convocada especificamente para esta unidade de saúde, e que decorreu à margem da greve nacional convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros, insere-se nas incitativas regionais do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, e, segundo os sindicalistas, paralisou vários setores do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde.
“Pela ronda que fizemos nos serviços, a adesão é 91 %, com os blocos de cirurgia a serem os mais afetados, com as intervenções programadas a não se realizarem”, disse Fátima Monteiro, coordenadora do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
A sindicalista enumerou três principais motivos para esta paralisação, destacando a reivindicação pela “justa e correta contagem dos pontos para efeito de descongelamento das progressões da carreira, independentemente do vínculo de cada enfermeiro”. “Apesar de o primeiro ministro ter dito que os enfermeiros iam ser dos mais beneficiados no descongelamento das progressões de carreira, a verdade é que as instituições não têm dado sequência ao compromisso assumido. Exigimos que os conselhos de administração dos hospitais tenham poder para fazer estes descongelamentos”, disse Fátima Monteiro.
Ainda no rol de reivindicações, a coordenadora do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses afirmou que o Centro Hospitalar que serve as cidades da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde ainda não pagou os suplementos aos enfermeiros especialistas. “O suplemento que o governo assumiu é de 150 euros, e apesar de não ser valor suficiente para valorizar as competências de um enfermeiro especialista, tem der pago. Este hospital ainda não pagou o complemento remuneratório a nenhum enfermeiro, e já o devia ter feito em janeiro”, afirmou.
Fátima Monteiro lembrou, ainda, que esta jornada de protesto pretende alertar para a falta de contratação de mais enfermeiros para os serviços. “Há uma enorme carência de enfermeiros para colmatar a passagem das 40 a 35 horas de trabalho semanais. Os hospitais sentem essa necessidade, e se não têm autorização para contratar devem pressionar a tutela para tal”, frisou a dirigente sindical.
A sindicalista sublinhou que “há problemas que são particularmente sentidos em determinados locais, porque as administrações têm diferentes posturas”, vincou Fátima Monteiro sobre o facto de esta greve ter sido exclusivamente no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde.
“Aqui na Póvoa de Varzim/Vila do Conde ainda ninguém recebeu o complemento de enfermeiro especialista, enquanto os outros hospitais já todos receberam”, concluiu a coordenadora da direção regional do Porto do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Fátima Monteiro.