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Tarifas de Água e Saneamento mais caras em Vila do Conde

14 Fevereiro 2018
Tarifas de Água e Saneamento mais caras em Vila do Conde
Economia
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O início do novo ano trouxe aumentos na fatura da água, onde as maiores subidas e, também, os preços mais elevados se verificam nos concelhos onde a gestão deste bem foi entregue aos privados.
Em contraciclo, nos territórios onde as águas estão nas mãos dos Municípios, a decisão foi manter os tarifários por mais um ano e poupar a população aos aumentos.
Em Vila do Conde, a Indaqua aumentou o preço das Tarifas de Água e Saneamento cerca de 5%. A tarifa de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos, da responsabilidade da Câmara Municipal de Vila do Conde, também subiu 2,5%.
Contas feitas, uma família de uma habitação de Vila do Conde, que consuma 10 metros cúbicos de água, onde pagava 31,70€ em 2017, já está a pagar, em 2018, 33,40€. O saneamento também subiu, 80 cêntimos, e tarifa de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos 10 cêntimos. Assim sendo, o aumento no valor total mensal na fatura da água é de 2,60€.
O Tarifário Social, pago pela Câmara Municipal de Vila do Conde, até ao valor de 15,64€, está destinado a apenas cerca de 200 famílias vilacondenses.
A Indaqua é uma das empresas líderes na gestão da Água e Saneamento em Portugal. Com a venda da posição de cerca de 50% da Mota-Engil na concessionária Indaqua, em fevereiro de 2016, o setor privado de abastecimento de águas ao domicílio em Portugal passou a ser dominado por grupos estrangeiros. Além dos resistentes nacionais, constituídos pelas construtoras de raiz bracarense que controlam a Aquapor (ABB, Bragaparques e DST, cada um com um terço do respetivo capital) os restantes protagonistas do setor são estrangeiros, desde chineses a israelitas, passando por espanhóis e japoneses, norte-americanos e alemães. De acordo com dados disponibilizados pela Indáqua, uma das líderes do setor, cinco dos sete maiores operadores do setor em Portugal são controlados por grupos estrangeiros. Com uma quota de 29,1% nas águas e de 24,8% na gestão de resíduos (dados de 2016, segundo a população abrangida) a Indáqua tem predomínio nesta área de atividade.