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Homem de Vila do Conde filmava sexo entre menores com câmaras ocultas em casa

14 Fevereiro 2018
Homem de Vila do Conde filmava sexo entre menores com câmaras ocultas em casa
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Um homem de 43 anos, de Vila do Conde, reformado por invalidez, vai começar a ser julgado à porta fechada este mês no Tribunal de Matosinhos. Em causa estão 21 crimes: um de abuso sexual de crianças, 17 crimes de recurso à prostituição de menores, dois deles na forma tentada, e três crimes de gravações e fotografias ilícitas.
O homem de Vila do Conde criou um sistema de câmaras ocultas para filmar os menores a manterem relações sexuais, dentro da sua própria casa. Entre 2014 e o ano passado, o arguido fez seis vítimas, entre os 13 e os 17 anos, que foram aliciadas com dinheiro, tabaco e telemóveis. Três delas foram filmadas, sem conhecimento, através de câmaras ocultas que estavam no quarto e na sala do arguido, ligadas a um sistema de gravação VHS.
A acusação diz que o arguido aliciou o primeiro menor, de 13 anos, a quem ofereceu 40 euros, em outubro de 2014, mas a proposta não foi aceite. Um ano depois, aliciou e teve sexo com um jovem de 16 anos a troco de 50 euros. Os encontros ter-se-ão repetido 10 vezes. Esta vítima levou uma amiga a casa do homem de Vila do Conde e manteve relações sexuais com a jovem, sendo que ambos desconheciam que estavam a ser filmados. Outro jovem foi levado pela vítima e o processo repetiu-se, onde foram filmados a ter sexo, a troco de 10 euros. Da acusação consta ainda um aliciamento a um adolescente de 17 anos, sem sucesso, e mais um caso de relações sexuais com um menor, de 14 anos, num armazém abandonado, a quem pagou 20 euros.
“Tinha intenção de satisfazer os seus instintos lascivos”, refere a acusação, dizendo que o homem de Vila do Conde sabia que estava a cometer crimes, frisando, ainda, que “o arguido agiu com a intenção de satisfazer os seus instintos lascivos, pretendendo manter atos sexuais a troco de contrapartidas monetárias”.
O advogado do homem de Vila do Conde alegou que o cliente sofre de uma doença mental, mas a acusação insiste que o arguido sabia que estava a cometer os crimes.
O homem de Vila do Conde começar a ser julgado à porta fechada este mês no Tribunal de Matosinhos.