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Pedro Soares é candidato ao PSD de Vila do Conde

15 Dezembro 2017
Pedro Soares é candidato ao PSD de Vila do Conde
Política
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Qual é a sua leitura dos resultados das últimas eleições autárquicas em Vila do Conde?

Os resultados das últimas eleições autárquicas têm um enquadramento muito especial, que foi o aparecimento de uma candidatura independente, da NAU, da atual Presidente da Câmara, que fez com que o cenário alterasse aquilo que era a normalidade política em Vila do Conde das candidaturas tradicionais. Esta candidatura independente fez com que todos os vilacondenses olhassem para um momento diferente e onde votassem da forma que todos nós sabemos, de forma clara, nomeadamente na questão da Câmara, mas na Assembleia Municipal já não foi tanto assim, nem nas Juntas de Freguesia, mas para a Câmara foi um momento Elisa Ferraz. Foi congregar, se calhar, aquilo, foi o voto útil, que muitos vilacondenses acharam, no sentido de um momento diferente. A leitura foi terminar um ciclo de Partido Socialista ao longo destes 42 anos.

O resultado obtido pela Coligação Mais Vila do Conde ficou aquém do esperado. Isso foi o motivo para se candidatar à liderança do PSD? Quais são as razões e motivações para a sua candidatura?

A minha candidatura aparece, nesta fase da minha vida, pois não preciso de protagonismo, porque tenho um caminho bem vincado e definido e, portanto, já nesta altura, tenho várias funções em vários âmbitos. Portanto, não é por protagonismo nem por necessidade de aparecer nos holofotes. Foi um desafio que os militantes me colocaram a seguir às eleições, de criar uma candidatura que unificasse, uma candidatura que se possível fosse única, onde nós pudéssemos todos congregar esforços para sairmos deste resultado que não foi positivo, unidos, e foi nesse sentido que aceitei esse repto.

Como avalia a política em Vila do Conde?

A situação política em Vila do Conde é um novo ciclo, com uma nova vida que existe em Vila do Conde, portanto, para mim e para muitos daqueles que me dizem “Pedro Soares vais-te meter aqui numa grande alhada, numa grande dificuldade”, eu penso que o momento também é diferente e vamos ter que renascer e construir um PSD, como alternativa ao poder que hoje governa a cidade de Vila do Conde, mas penso que há uma série de oportunidades. E o PSD, penso que, dentro de 2 anos, estará posicionado para ser a verdadeira alternativa e para vencer a Câmara nas próximas Autárquicas.

Com que apoios conta da cúpula do PSD de Vila do Conde?

Os apoios, a mim, o que me interessa, já o disse anteriormente, são os militantes de base. Nesses militantes de base, há uns que têm mais visibilidade, outros têm menos visibilidade, há uns que têm mais protagonismo, outros têm menos protagonismo, mas a mim interessa-me é o todo.

Sente que os sociais-democratas de Vila do Conde estão consigo?

No dia é que sabemos. Estas eleições têm uma particularidade muito peculiar, que é: eu posso ter muitos apoios, mas se no dia não mobilizar e se as pessoas não forem votar não se vence. Tanto seja eu ou o meu companheiro Miguel Pereira. Agora, penso que as condições estão reunidas para poder vir a vencer este ato eleitoral.

Há 2 candidatos à liderança do PSD de Vila do Conde. O que o distingue do outro concorrente?

O que me distingue do Miguel Pereira é, sobretudo, aquilo que é a experiência que eu adquiri ao longo destes anos e foi um ponto de ordem que na altura eu tive, em conversa, com o Miguel Pereira. Disse-lhe que o caminho faz-se caminhado. O Miguel Pereira conseguiu vencer a Junta de Freguesia de Vila do Pinheiro, e eu dei-lhe os parabéns, mas ser líder da concelhia é muito mais do que ter a legitimidade de ganhar uma Junta de Freguesia. Nós necessitamos de uma liderança que possa alavancar o crescimento da concelhia, precisamos de uma liderança que tenha trabalho e seja reconhecida pelos vilacondenses e para isso tem que haver a experiência, porque a experiência assim o determina. Eu penso que a diferença está aí, é no trajeto e na experiência adquirida. Quem lidera um partido tem que ter uma gestão global.

Se ganhar a liderança do partido, considera-se um bom candidato à Câmara Municipal de Vila do Conde em 2021?

Ainda temos outras eleições intercalares, em 2019, que é algo que eu não entendo, porque acho que quem se candidata agora deve ter um período de 4 anos. Os candidatos têm o seu timing. Naquilo que eu defendo, um ano antes das autárquicas vamos ter o candidato à Câmara, vamos ter os candidatos à Assembleia Municipal e às Assembleias de Freguesia. Nós vamos apresentar todas as candidaturas um ano antes, com tempo. A candidatura à Câmara é uma candidatura que tem que ser liderada por um vilacondense e esse vilacondense pode ser o Pedro Soares ou outro, mas sei que liderando o PSD de Vila do Conde, em último recurso, sei que é o presidente da comissão política do PSD de Vila do Conde, mas não é algo que me preocupa. Eu hoje estou mais preocupado em unificar e fazer crescer o PSD de Vila do Conde.

O PSD nacional também vai a eleições. Vai apoiar Pedro Santana Lopes ou Rui Rio?
Rui Rio.