José Lopes é candidato ao Rancho da Praça de Vila do Conde

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A eleição dos Corpos Gerentes do Rancho da Praça, para o triénio 2017/2020, está marcada para o próximo sábado, 25 de novembro, entre as 14 e as 21 horas, na sede da associação de Vila do Conde. Para estas eleições no Rancho da Praça vão a sufrágio três listas.
José Lopes comanda a Lista C, com António Santos Ferreira para presidente da Assembleia Geral e Plácido Pontes para o Conselho Fiscal.
José Lopes tem 53 anos de idade, é natural de Vila do Conde, Funcionário Público e é componente e ensaiador do Rancho Infantil há 30 anos e do Rancho Atual há 9 anos.

Quais são as principais razões da sua candidatura à presidência do Rancho da Praça?

Nos últimos anos tem-se assistido ao afastamento de muitas pessoas do Rancho da Praça. Ao constatar esta situação e tendo em conta as listas que se perfilam na corrida à liderança da Praça, senti a obrigação de me candidatar, para que não haja mais desunião nesta associação.

A desunião que os sócios dizem que existe no Rancho da Praça é resultante das polémicas que se registaram nos dois últimos atos eleitorais?

O que eu considero que o que mais tem afastado as pessoas do Rancho da Praça tem sido o desleixo na nossa participação nas Festas de São João e em outras actividades em que participamos. Tudo tem sido feito em cima do joelho. Os eventos são preparados um mês ou 15 dias antes, não há uma programação antecipada, não existe um projecto definido, como é o caso da gala e do festival.

Quais são as principais causas da desunião no Rancho da Praça?

Logicamente que existe a situação passada. Há eleições, ganhe quem ganhar é esse o nosso presidente, seja ele quem for. Nós estamos perante um acto eleitoral, se há duas candidaturas, quem ganhar é porque foi essa a vontade dos sócios e terá de ser respeitada.

Como pretende unir os sócios do Rancho da Praça?

Eu tenho a certeza absoluta que se ganhar vou fazer pontes. Vou à procura das pessoas que se afastaram. Eu vou bater às portas das pessoas, para saber as razões que as levaram a afastar-se da associação. Em tudo o que fizer irei convidar toda a gente a participar, quer na elaboração dos carros, dos arcos ou das marchas. Unidos iremos fazer uma grande associação para que em 2018 tenhamos um São João nunca visto em Vila do Conde.

Qual é a avaliação que faz do trabalho desenvolvido pelo atual presidente Carlos Lourenço?

Por aquilo que conheço fez um trabalho que serviu para manter viva a associação. Os ranchos estiveram muito bem, tanto os da velha guarda, das tricanas, o actual e o infantil, mas o rancho precisa é de estar unido. Em termos artísticos os ranchos estiveram sempre bem, quem não está à altura são algumas pessoas que são sempre conflituosas.

Que projetos vai implementar caso seja eleito presidente do Rancho da Praça?

O meu projecto passa por ter a colaboração de uma produtora para colaborar connosco gratuitamente para promover o rancho a nível nacional e internacional. Não só com este formato do rancho, mas explorá-lo em novas vertentes. Podemos, por exemplo, atuar em hotéis, quintas, congressos e outros eventos, porque temos capacidade de adaptar o rancho em termos de exibição. E porque somos um rancho de rendilheiras, podemos divulgar as próprias rendas e a cidade a nível turístico. O rancho precisa de ser promovido, necessita de ver o seu nome engrandecido. Em segundo lugar, logo em janeiro irei trabalhar na preparação dos arcos e carros para a noite de S. João.

O Rancho da Praça faz 100 anos em 2018. Como pretende assinalar o centenário?

Eu estive nas comemorações dos 75 anos do Rancho da Praça e se for eleito irei fazer os 100 anos. Como é óbvio, não vou definir sozinho, as comemorações do centenário. Pretendo criar uma comissão para elaborar o programa e junto do meu grupo de trabalho analisaremos as ideias de cada elemento.