Última hora

A Floresta das Almas Perdidas

17 Outubro 2017
A Floresta das Almas Perdidas
Cultura
0

A Floresta das Almas Perdidas é uma zona florestal na fronteira entre Portugal e Espanha, cujo isolamento e beleza natural fizeram com que se tornasse num destino assombrado pela prática do suicídio.
A Floresta das Almas Perdidas é um lugar ficcional que, nesta história, se localiza numa zona fronteiriça entre Portugal e Espanha. O seu nome deve-se ao facto de ter sido o local escolhido por muitos para terminar a sua vida. Neste lugar sombrio, os destinos de Ricardo e Carolina cruzam-se. Ele é um homem destroçado que tenta encontrar o sítio exacto onde a filha se suicidou e ela é uma rapariga fascinada pelos mistérios da morte. Ao dissertarem sobre a dor e o valor da existência, estes dois estranhos acabam por criar uma intimidade inesperada.
Um deles não é quem diz ser. Imaginado como uma boneca “matryoska”, A Floresta das Almas Perdidas é um conto de terror dentro de um drama sobre a chegada à idade adulta, uma reflexão sobre a vida e a felicidade envolta num filme de suspense inspirado pelo cinema dos anos 70.
Com Daniela Love, Jorge Mota e Mafalda Banquart como protagonistas, é um filme de terror que marca a estreia na realização de longa-metragem de José Pedro Lopes.
Após estar bem lançado a nível internacional, seja na imprensa, na distribuição ou no circuito de festivais, o filme de terror lusitano estreia em Portugal.
Praticamente não se fazem filmes de terror em Portugal. Em menor número ainda são os que chegam ao circuito comercial. No caso em questão, trata-se de uma longa aventura: com pouquíssimos recursos, o realizador do Porto José Pedro Lopes logrou concretizar um projeto e, mais que isso, iniciar um impressionante périplo mundial, mas não se esperem banhos de sangue: para além de uma bela fotografia a preto-e-branco, a cargo de Francisco Lobo, em excelente companhia com a música de Emanuel Grácio, o filme assenta numa crença do realizador – que lida com outro tipo de amostragem. Para ele o terror vem da falta de uma verdadeira motivação da sua assassina para fazer o que faz.