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A Fábrica de Nada

9 Outubro 2017
A Fábrica de Nada
Cultura
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A Fábrica de Nada conta a história de um grupo de operários que tenta salvaguardar os seus postos de trabalho e evitar o encerramento da empresa através de um sistema de autogestão colectiva.
Quando a austeridade avança e ameaça postos de trabalho, os trabalhadores tomam conta da fábrica, expulsando os seus patrões e operando através de didactismo. Quando se apercebem que a administração está a escoar as máquinas e as matérias-primas, os trabalhadores decidem organizar-se para impedir a deslocação da produção. Como forma de retaliação, enquanto decorrem as negociações para os despedimentos, os patrões obrigam-nos a permanecer nos seus postos, sem nada para fazer.
A Fábrica de Nada, uma longa-metragem de Pedro Pinho, é o conceito simultâneo de fazer cinema e falar de política, inspirado na experimentação de auto-sustentabilidade da fábrica de elevadores Otis, entre 1974 e 2016.
Entre o ensaio e o musical, “A Fábrica de Nada” conta com assinatura de Pedro Pinho (“Bab Sebta”, co-realizado com Frederico Lobo em 2008; “Um Fim do Mundo”, 2013; “As Cidades e as Trocas”, co-realizado com Luísa Homem, em 2014). O argumento, escrito por Pedro Pinho, Luísa Homem, Leonor Noivo e Tiago Hespanha parte de uma ideia de Jorge Silva Melo: adaptar a peça de Judith Herzberg e fazer um musical. Apesar de Silva Melo ter desistido do projecto, Pedro Pinho resolveu transformá-lo em filme.
De acordo com a produtora Terratreme, “A Fábrica de Nada” vai ter estreia comercial em França, Espanha, Reino Unido, Sérvia, Croácia, Bósnia, Kosovo, Suíça, Brasil, Argentina e China e tem, ainda, confirmada exibição em mais de 50 festivais, até ao final do ano, em cidades como Londres, Rio de Janeiro, Busan, Viena, Sevilha, Argentina, México, Chile e República Checa.
“A Fábrica de Nada” venceu em Cannes o prémio FIPRESCI, da Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica.