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Bombeiros de Vila do Conde têm apagado fogos no município e socorrido Corporações pelo País

6 Setembro 2017
Bombeiros de Vila do Conde têm apagado fogos no município e socorrido Corporações pelo País
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O verão ainda não acabou e 2017 já é o terceiro ano com mais área ardida em Portugal desde que existem registos oficiais (1980). Os números, provisórios, do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS), com base em imagens de satélite, apontam para cerca de 224 mil hectares queimados.
Os dados agora revelados são grandes e os relatos dos últimos meses assustam, mas mesmo assim continuam longe dos máximos registados em 2003 (426 mil hectares queimados) e 2005 (339 mil).
Até este momento, não existe outro país da Europa onde o ano esteja a correr tão mal, uma vez que Portugal lidera, destacado, a área ardida, seguido de muito longe pela Itália (131 mil hectares) e Espanha (61 mil). Do território que até agora ardeu na União Europeia (559 mil hectares), quase metade (224 mil) foi em Portugal e se olharmos para o número de grandes incêndios que afetaram mais de 30 hectares, há 1416 na Europa, 225 deles em território português.
Os números do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais baseiam-se em imagens de satélite pelo que não conseguem abarcar toda a realidade e têm normalmente diferenças em relação aos oficiais que se baseiam, também, em visitas ao terreno.
Em Portugal, estão presentes na memória de todos os incêndios florestais que pintaram quadros dantescos e que deram origem a estes números em locais como Abrantes, Guarda, Oleiros, Miranda do Corvo ou Pedrogão Grande, para onde a Corporação de Bombeiros de Vila do Conde destacou uma equipa de cinco elementos, apoiada por uma viatura.
No concelho de Vila do Conde, a realidade é diferente, e embora ainda falte algum tempo para o fim do período crítico, que termina só a 30 de setembro, Joaquim Moreira, Comandante da Corporação dos Bombeiros de Vila do Conde, garante que em Vila do Conde “há um equilíbrio entre este ano e aquilo que foi o ano passado”.
“Fomos para Pedrógão Grande, fomos para a Maia, no sábado fomos para Penafiel, durante a semana passada fomos para Marco de Canaveses, portanto temos estado sempre a movimentarmo-nos em função daquilo que tem pedido a Autoridade Nacional de Proteção Civil”, salienta Joaquim Moreira.
O balanço oficial de área ardida em Portugal vai ser feito, em breve, pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).