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Sabe reconhecer um AVC?

23 Março 2017
Sabe reconhecer um AVC?
Opinião
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O Acidente Vascular Cerebral, também conhecido como AVC ou “trombose”, é a principal causa de morte e incapacidade permanente em Portugal. Estima-se que 1 em cada 6 pessoas irá desenvolver um AVC ao longo da vida.
O AVC resulta do bloqueio ou rompimento de uma artéria cerebral com consequente lesão das células do cérebro por ausência de nutrição e oxigenação. As lesões cerebrais resultantes do AVC e, consequentemente as sequelas, podem ser atenuadas se o doente chegar rapidamente ao hospital e for tratado adequadamente. Uma vez que estamos a falar da principal causa de morte em Portugal, é fundamental reconhecer precocemente os sinais desta patologia.
Como reconhecer?
As manifestações do AVC vão variar conforte a área do cérebro que for atingida. No entanto, de uma forma geral, podemos pensar na Regra dos 3 F´s:
– Face: ocorre desvio de um dos lados da face, ficando assimétrica e diferente do seu aspeto habitual;
– Fala: a fala torna-se diferente do habitual, podendo ficar arrastada, incompreensível, sem sentido ou ser mesmo impossível falar; o doente pode também não compreender o que se lhe diz;
– Força: perda súbita da força num dos braços e/ou perna, bem como alterações do equilíbrio.
Outros sinais que são igualmente importantes reconhecer são a falta de visão súbita, num ou em ambos ou olhos, a visão dupla e uma dor de cabeça súbita e muito intensa.
Todos estes sintomas podem ocorrer isolados ou em simultâneo.
O que fazer?
Na presença de qualquer um destes sintomas, deve contactar imediatamente a linha 112 e explicar o que está a acontecer. Lembre-se que quanto mais rápido for tratado, menor o risco de sequelas.
É possível reduzir o risco de desenvolver um AVC?
Sim. Os principais fatores de risco para o acidente vascular cerebral são a idade mais avançada, o género masculino, a genética, o tabagismo, a hipertensão arterial, a diabetes, o colesterol elevado, a obesidade, o consumo de álcool, o sedentarismo e algumas arritmias cardíacas. Ao controlarmos estes fatores, estamos, por isso, a reduzir o risco de desenvolver uma “trombose” cerebral. A adoção de estilos de vida saudáveis é fundamental.
Assim, ao primeiro sinal, não perca tempo e ligue 112.

Joana Gomes Rodrigues