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Época Balnear 2016 – Término da Época Balnear

15 Setembro 2016
Época Balnear 2016 – Término da Época Balnear
Opinião
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Miramos o mar com o respeito que ele nos solicita e caminhamos para o término de mais uma época balnear. A nostalgia do areal quente e das águas com aroma a sal carregam na lembrança o esforço que se dedicou na vigilância das praias de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim.
Incrementam-se lembranças de jornadas que correram entre a leveza de uma brisa norte e o tórrido calor de dias quentes. Espraiam ondas na maré vazante. Deixam, na areia, as pegadas de quem percorreu quilómetros almejando a segurança de quem mais necessitou. O mar enche e vaza, já no seu ritmo outonal. Um misto de dever cumprido aglomera-se com a vontade de continuar.
É dia de arriar a bandeira. Sintetizada a missão que nobremente cada nadador salvador se incumbiu, despedem-se com um “até já”. Ser nadador salvador é estar sempre disponível: o sentimento de pertença não tem data nem caducidade, espelha na atitude de cada um o prestígio de poder salvar alguém. Não confere endeusamentos. Administra, ao invés, a responsabilidade, a arte e a mestria de poder ajudar o próximo.
Paira um nevoeiro na crista da onda que rebenta: é hora de atracar o barco ao cais! Tal como areia não é castradora do mar de verão, este entardecer é a ponte para o ano que prontamente se avizinha. Sente-se o cheiro da areia húmida, aroma que se confunde com o sargaço que boia lentamente. Recolhemos a âncora e vamos: está na hora!
Ressalvamos que o mar não tira férias. A sua imponência, beleza e perigosidade moram na mesma rua que durante o verão visitamos. Se as temperaturas são convidativas a banhos, é necessário acautelar as condições de segurança de forma a garantir que, findada a época balnear, as visitas à praia não são sinónimo de sinistralidade.
Mantemos o axioma: a prevenção é a chave do sucesso.

Isaac Braga