Última hora

Barcos da NELO conseguiram 27 medalhas nos Jogos Olímpicos

24 Agosto 2016
Barcos da NELO conseguiram 27 medalhas nos Jogos Olímpicos
Desporto
0

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro acabaram no passado fim de semana e o português mais medalhado chama-se Manuel Ramos e é o maior produtor de caiaques do mundo.
Manuel Ramos, de 56 anos, não gosta de falar em medalhas, pois acredita que “quem as ganha são os atletas”, mas a verdade é que as embarcações produzidas na empresa de Vila de Conde estiveram na origem de 27 medalhas olímpicas, em 36 possíveis, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ao todo, foram oito de ouro, nove de prata e dez de bronze.
A NELO conseguiu a primeira medalha olímpica em Atlanta, cinco em Sydney, 14 em Atenas, quando passou a liderar o mercado, 20 em Pequim, 25 em Londres e, agora, 27 no Rio de Janeiro, somando um total de 92 medalhas olímpicas.
Olhando para os resultados alcançados no Rio de Janeiro, Manuel Ramos diz que foi um resultado fantástico”, mas isso aumenta-lhe a responsabilidade de superar a marca nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
“Temos modelos que compreendem um leque de atletas, desde os mais leves aos mais pesados, com amplitudes e técnicas diferenciadas. Em quase todos os barcos de alta competição são feitos ajustes para ajudar a melhorar performance” salientou Manuel Ramos, frisando que o segredo é “adaptar as embarcações às características individuais dos desportistas”.
Para se perceber o fenómeno de NELO, como é conhecido o primeiro campeão nacional de canoagem, é preciso recuar até ao final da década de 1970. O passado de NELO como atleta levou-o a investir na construção de caiaques e a expandir-se até ao mercado internacional, começando pelo Reino Unido, vendendo atualmente para mais de 100 países.
“Só nos caiaques temos 90% das embarcações e no total de canoas e caiaques temos 82%. Isso reflete a nossa posição no mercado e nas equipas”, salientou Manuel Ramos.
A empresa de Manuel Ramos “produz quatro mil caiaques por ano, todos feitos com matéria plástica reforçada com fibra de carbono” e, neste momento, “está a fazer um trabalho em África, a nível de material e logística”.
A NELO recebeu, no final do ano de 2015, o Prémio “Desporto e Inovação”, do Comité Olímpico Internacional, que distingue novas ideias e métodos utilizados no desporto, em todo o mundo.