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Escolher um Curso Superior

13 Maio 2016
Escolher um Curso Superior
Opinião
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Ao longo das nossas vidas, somos chamados a fazer escolhas – tomar decisões –, que determinam a nossa vida profissional, e também a familiar. As escolhas que constroem o principal caminho que a nossa vida percorre começam por ser feitas pelos nossos pais, ou encarregados de educação, quando, por exemplo, optam por nos colocar no ensino público ou no ensino particular. Um e outro têm, em alguns casos, atividades, metodologias de ensino e até ambientes diferentes, que contribuem, portanto, para formações diferenciadas dos indivíduos. Pode ainda contribuir para alcançar, ou não, um resultado de ensino secundário, ou profissional, que permita um leque mais alargado de escolhas para ingressar no ensino superior. E são particularmente estas escolhas que me trazem a escrever estas linhas.
Concluído o ensino secundário ou profissional, os alunos escolhem entre ingressar na vida ativa ou prosseguir a sua formação académica. O ingresso no ensino superior é uma etapa difícil, com a árdua tarefa de escolher o curso. Sabemos que essa escolha está fortemente limitada pelos resultados previamente alcançados no ensino secundário e nas provas específicas para acesso aos cursos superiores. De facto, há cursos, como a medicina e a arquitetura, para dar só dois exemplos, que colhem a preferência de um número elevado de candidatos ao ensino superior, determinando uma média de entrada bastante alta, acima dos 18 valores. Estes e outros cursos ficam, portanto, fora do alcance da grande maioria dos alunos.
A escolha do curso superior é uma tarefa difícil. Essa escolha condicionará, em geral, a profissão que o jovem irá desempenhar no futuro. Se, por um lado, há cursos cujas saídas profissionais são clássicas e, portanto, relativamente bem conhecidas dos jovens, há, por outro lado, cursos mais recentes, em relação aos quais os alunos, muitos com 18 ou 19 anos, desconhecem a que atividades profissionais dão acesso, e em que consistem essas profissões. O jovem deve tentar perceber, o melhor possível, o que poderá ser a sua vida profissional quando opta por um determinado curso. E de que forma essa vida profissional o realizará e contribuirá para a sua felicidade. Assim, deixo aqui uma sugestão aos jovens que irão, em breve, fazer as suas opções de prosseguimento de estudos superiores: perceber de forma clara, eventualmente com ajuda do coordenador do curso pretendido, as respetivas saídas profissionais. Os coordenadores de curso estão, seguramente, disponíveis para ajudar a esclarecer estas e outras questões, como por exemplo em relação ao funcionamento do próprio curso. Além disso, contactar dois ou três diplomados, e conversar com eles sobre em que consiste as suas profissões. Os desafios e as dificuldades da profissão, o ambiente que habitualmente se vive nos locais de trabalho, os horários, ou ausência destes, etc. são aspetos que importa conhecer, numa perspetiva de projetarmos a nossa vida futura e, consequentemente, a nossa felicidade.

Flávio Ferreira