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A Fábrica de Mindelo e o Bairro Social – 27-05-1951

27 Maio 2016
A Fábrica de Mindelo e o Bairro Social – 27-05-1951
Opinião
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Faz hoje 27 de maio de 2016, 65 anos, que a Fábrica de Mindelo era inaugurada com pompa e circunstância, abrindo assim as portas a centenas de operários Vilacondenses e não só, que ali ganhavam o pão nosso de cada dia, e, durante muitos anos. Também nesse mesmo dia, era inaugurado o Bairro Social que iria albergar muitos operários da então “Fábrica Ferreira &Irmão”, também conhecida por Fábrica Nova, e, mais tarde, Valfar.
Justo é recordar o génio empreendedor à altura do senhor Delfim Ferreira, filho de Narciso Ferreira, Conde de Riba d’Ave, que, dotou Vila do Conde com mais duas magníficas e importantes realizações.
Se a primeira, “Fábrica de Mindelo”, constituiu uma poderosa contribuição para a modernização e desenvolvimento da indústria têxtil; o segundo, “ Bairro Social”, destaca-se como uma das mais importantes obras de carater social levadas a efeito pela iniciativa privada, em tempos muito difíceis.
Recordamos que o encarregado geral da obra executada pela Cooperativa dos Pedreiros Portuenses era o António Ramos da nossa freguesia de Guilhabreu.
Ao evocar, nestes breves apontamentos, a lembrança da Fábrica de Mindelo, que foi construída, dado a “Fábrica Nova “já não ter capacidade para ser ampliada, é por esta altura que se sobressai, também, o senhor Engenheiro José Rodrigo de Carvalho.
E foi o senhor Engenheiro Carvalho, genro do grande industrial Delfim Ferreira, que levou por diante a espinhosa tarefa de projetar e levar por esse mundo fora o nome da “Fábrica de Mindelo” e de Vila do Conde.
Finalmente, se Delfim Ferreira tem o seu nome gravado no “seu” bairro social, e, que Vila do Conde muito justamente, o homenageou pela grande obra que fez a Bem desta terra, também o Engenheiro Rodrigo de Carvalho, para além do grande industrial que foi, e, tão bem serviu a nossa terra como deputado da Nação, justo era este grande homem fazer parte da toponímia Vilacondense.
Dos fracos não reza a história, mas o engenheiro Rodrigo de Carvalho era dos homens bons de quem esta Princesa do Ave ainda se não lembrou.
Façam justiça.

Artur Bonfim